O ano da ‘independência dependente’

E 2013 chega ao fim como o ano das maiores mudanças da minha vida. Olho para trás e parece que foi ontem que ele começou junto com as minhas angústias, dúvidas e medos, porém, hoje, percebo que mais forte que todos esses sentimentos, foi a minha coragem. Tímida, admito, mas ainda assim CORAGEM. Permiti-me fazer coisas que achei que não faria e abrir os olhos para coisas que não queria ver.Najaska IMG
Posso chamar também de “ano da minha independência dependente”, porque mais que todos os outros anos da minha vida, percebi que ser independente me deixou muito mais dependente: de amor, de carinho, de compreensão, de beijo do namorado, de colo de mãe, de abraço de irmãs, de telefonemas de pai, de sorriso de colegas e de amor próprio.
Descobri também que sou muito melhor do que pensei e muito pior do que ainda quero ser. Tive algumas pequenas conquistas que resultaram em um saldo positivo para esses 365 dias: troquei de emprego, saí da casa da minha mãe para morar com o namorado, estudei muito, me formei na faculdade que sempre desejei, passei a trabalhar na profissão que quero, fiz novos amigos, conheci pessoas boas, outras não tão boas assim, superei alguns medos e venci momentos que para mim foram desafios.
Deixei de fazer coisas que queria para fazer outras que achei que deveria. Tive tentativas frustradas e outras acertadas. Não fui boa o quanto gostaria de ter sido, mas não tão má quanto poderia. Fiz coisas que gostava, algumas até mesmo exageradamente (como comer porcarias, por exemplo e dormir demais). Engoli alguns sapos, reclamei, resmunguei, briguei, me arrependi, pedi desculpas… Fui gente de verdade, daquelas que erra e acerta, sorri e chora, ama e odeia. A propósito, falando em odiar, odiei muitas coisas que poderia ter apenas não gostado, mas por outro lado amei demais de tudo um pouco.
Destaco também a saudade que senti em 2013: saudades da minha mãe me esperando com o chimarrão no fim da tarde, do sorriso dela e até mesmo das reclamações, brigas e seu cheiro de cigarro. Saudades das minhas irmãs, cada uma com suas particularidades; saudades das ligações mais frequentes do meu pai; saudade do meu cachorro feliz em me ver chegar e da vidinha pacata que tinha ainda em 2012.
Se senti saudades, senti também alegria em viver bons momentos: de ver meu namorado todos os dias, de ganhar seu sorriso, carinho e amor; de conviver com a família dele, da qual acabei fazendo parte também; de chegar no trabalho e ser bem recebida especialmente pelas minhas novas colegas que foram essencialmente especiais não apenas para mim, mas para minha vida profissional também; de conviver com pessoas boas, de conhecer pessoas novas e agradáveis… Senti ainda a alegria de poder voltar para casa, mesmo que para visitar e encontrar minha família, e depois voltar para casa com mais saudade ainda.
2013 foi também um ano de planos: de crescer pessoal e profissionalmente; de construir futuro; de aprender; de ser melhor e de ter mais paciência. Planos estes, que, diga-se de passagem, seguem firmes para 2014. Enfim, 2013 serviu para me mostrar que mudanças são sempre bem vindas e que um pouquinho de coragem faz toda a diferença.
Para o ano novo que está chegando, só tenho a desejar boas emoções e que eu saiba aproveitar melhor os momentos com as pessoas que eu amo, que eu saiba valoriza-las como elas merecem, e mais que isso, que eu seja feliz e as faça feliz. Que 2014 seja repleto de coisas que façam sorrir, que façam a diferença. Que seja um ano daqueles para chegar no final sorrindo e sentindo orgulho e que eu consiga manter a esperança de que cada dia é uma nova oportunidade!

Deixe um comentário